sexta-feira, 27 de novembro de 2009

EXPORTAÇÃO NO VAREJO É UM BOM NEGÓCIO ?

Muito se tem debatido sobre os motivos que impactam as exportações brasileiras. É preocupante o número reduzido de empresas que dominam o mercado internacional. Por isso, as atenções se voltam para as pequenas e médias empresas, que totalizam cerca de 85% no país.

Todos sabemos que as pequenas e médias empresas são parte integrante do desenvolvimento econômico de um país, quando participam efetivamente da atividade exportadora.

Por exemplo: Nos Estados Unidos, segundo o Departamento de Comércio, empresas com menos de 18 funcionários contribuem com cerca de 50% nas exportações. Na Itália, o motor da economia é a formação de consórcios e cooperativas de exportação, formados por vários seguimentos.

No Brasil, infelizmente, o modelo exportador foi baseado na concentração dos grandes conglomerados empresariais, centralizando atividade nas multinacionais, transnacionais e grandes empresas que representam aproximadamente 85% da pauta exportadora.

Todavia, inserir uma empresa no cenário do comércio internacional, ou seja, dar os primeiros passos, não é tarefa fácil, mas também não podemos dizer que é um “bicho de sete cabeças”; requer, acima de tudo, alguns atributos básicos, tais como profissionalismo, comprometimento, recursos financeiros, humanos, etc.

Além disso, devemos nos preocupar com a continuidade da exportação, que deve deixar de ser uma atividade “meio” para ser uma atividade “fim”, através da palavra planejamento, e buscar nichos de mercado.

No sentido de ajudar os pequenos e médios empresários da nossa cidade, seguem algumas definições estratégicas que poderão nortear os princípios para atuar no mercado externo:

a) Avaliar os produtos e/ou serviços com os quais a empresa tem maiores condições de competir, assim como avaliar as modalidades de exportação mais adequadas à sua empresa, de forma direta ou por intermédio das empresas comerciais exportadoras, e buscar profissionais e serviços especializados nas áreas de logística, qualidade, serviços aduaneiros, entre outros prestadores de serviços;

b) Formar custos para exportação, levando-se em conta os custos de produção, e não calculá-los baseados nos preços praticados no mercado interno, retirando unicamente os impostos não-incidentes;

c) Analisar as estatísticas de importação e exportação dos países para os quais pretende vender; talvez seja mais prudente começar a pesquisa e a exportação pelos países vizinhos, em função da proximidade, mercados equivalentes e pelos benefícios concedidos pelos países importadores;

d) Designar uma pessoa na empresa para tratar do assunto exportação;

e) Procurar elaborar catálogos em idiomas estrangeiros;

f) Manter contatos com empresários estrangeiros.

Enfim, para exportar, as empresas devem investir e não tratar os gastos como despesas correntes.

Vamos nos organizar. Planejar e Exportar Brasil é bom pra gente.

* Fernando Ferreira – Diretor do NIA – Núcleo de Internacionalização - Consultor em Gestão Empresarial e Logística da empresa FGF do Brasil e Consultor da ACEX – Assessoria em Comercio Exterior.

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